O campo se esgueira umedecido
Enternecido entardecer amarelado
Embrulhado pelo céu sorrateiro
Devaneios de um ser etéreo magnetizado
Envolto em brumas o cume do pico retilíneo
Em seu caminho outras montanhas avançam
E no platô a planície se esparrama
Se esgueirando o pasto inteiro feito em grama
Baixando à tarde em entidade insurgente
Deixando a cena o sol à lua um novo ato
E na metamorfose deste cenário magnânimo
Desfila rainha com seu vestido prateado
Seu véu cheio de pontos brilhantes
De tão cintilantes deixam os olhos mareados
Tanta beleza se espalha no horizonte
Não havendo como não se pegar emocionado.
(Francisco Córdula)
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