quarta-feira, 6 de junho de 2012

Depressão


Encontro à corda que me enforca
Nada tenho a dizer nesse instante
Infelicidade constante me consume
Minha alma sofrida sangra, chora.

Envolta em meu pescoço aperta a corda
Encerra esse ciclo de triste lembrança
Sufoca o restante de minha finda esperança
Sossega minha alma sofrida, já morta.

Invoca a tentativa de paz enlouquecida
Açoita o restante de meu ser errante
Conduza-me para centro de triste cena
Embora não tenha piedade em voga

Regresso ao começo inglório
Carrego o fardo de meu infortúnio
Em farrapos flagelos de minha alma
Cambaleando sem rumo neste submundo.

(Chico Córdula)
  

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