Quanto tempo jogado fora
Embora as lembranças acalmem a alma
Desde os primórdios da tevê a válvula
Embalada infância, adulta e adultera máfia
Para presente embrulho, indecente trauma
Recordando a infâmia, tácita mágoa
Por quantos já partiram neste calidoscópio amargo
Enquanto da repetição dos erros que enganam a fauna
Desta flora miserável, envidraçada e disfarçada de moderna
Entrecortada de desvios e pavios de bombas imaginarias
Enrolando o tempo, enganando o vento em cada uivo
Turva imagem de caninos que atacam indefesas vitimas
Raposas em pele de cordeiro de disfarçados vícios
Resquícios que se amoldam e modernizam para manter o viço
Estripando e consumindo as tripas destas pobres almas
O tempo em sua linha reta e diversa
Reversa a forma para se cumprir destinos
Instruídos e destacados entre analfabetos úteis
Conectados ao universo destes pobres mortos vivos
Abutres que se satisfazem de outrem parcos restos
Rapinam enquanto buscam absorver o tempo
Intento no advento de controlar mentiras
Retiram tudo em que no caminho encontram
E levantam acampamento na devastação seguida
Irradiam a bomba atômica construída há anos
E no prumo se conservam para ficar por cima
No cume a todo custo e a toda vida ceifada
Remarcam o território conquistado em sangue
Enquanto lambem as feridas nunca mais curadas
Desde os primórdios, já longínquos tempos da tevê à válvula.
Embora as lembranças acalmem a alma
Desde os primórdios da tevê a válvula
Embalada infância, adulta e adultera máfia
Para presente embrulho, indecente trauma
Recordando a infâmia, tácita mágoa
Por quantos já partiram neste calidoscópio amargo
Enquanto da repetição dos erros que enganam a fauna
Desta flora miserável, envidraçada e disfarçada de moderna
Entrecortada de desvios e pavios de bombas imaginarias
Enrolando o tempo, enganando o vento em cada uivo
Turva imagem de caninos que atacam indefesas vitimas
Raposas em pele de cordeiro de disfarçados vícios
Resquícios que se amoldam e modernizam para manter o viço
Estripando e consumindo as tripas destas pobres almas
O tempo em sua linha reta e diversa
Reversa a forma para se cumprir destinos
Instruídos e destacados entre analfabetos úteis
Conectados ao universo destes pobres mortos vivos
Abutres que se satisfazem de outrem parcos restos
Rapinam enquanto buscam absorver o tempo
Intento no advento de controlar mentiras
Retiram tudo em que no caminho encontram
E levantam acampamento na devastação seguida
Irradiam a bomba atômica construída há anos
E no prumo se conservam para ficar por cima
No cume a todo custo e a toda vida ceifada
Remarcam o território conquistado em sangue
Enquanto lambem as feridas nunca mais curadas
Desde os primórdios, já longínquos tempos da tevê à válvula.
(Chico Córdula)
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