Ainda lembro, em preto e branco, daqueles tempos
Perdido no meio daquela gente
Tudo novo, novo tempo
O desconforto meu companheiro rotineiro
Apenas sua presença reconfortante, sempre
Infelizmente, naqueles tempos, minha noção, ausente
Ocultava-me quão importante sua ação benemerente
Fazia-me vivente e adequadamente sociável
Quanto seus pequenos gestos, por menores que fossem
Engrandeciam-me e confortavam-me, comovente
Somente o tempo, este sábio
Para mostrar incontestável a importância desses gestos
Por mais arrogantes e insensíveis que sejamos
Todos, um dia, das mais diversas maneiras descobriremos
Que simplesmente não conseguimos viver, sem os pequenos gestos
E quanto e porquanto eles proporcionam
Momentos de delicadeza e leveza em nossos dias
E quanto nossas horas são menos penosas graças a eles
E quanto mais seres conseguirem confortar-nos com tais gestos
Mais o tempo nesta existência parecera menos amargo.
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