quarta-feira, 30 de maio de 2012

No adeus... O silencio


Para que palavras neste momento?
O tempo senhor da verdade diz tudo
Em cada recordação, novas descobertas.
E sempre a incerteza de ter-se feito a escolha certa

Ainda que o destino seja escolha
No livre arbítrio da opção desejada
Ainda que se tenham certezas momentâneas
Às vezes, ou quase sempre, não valem de nada.

Ainda que as escolhas sejam corretas
Em verdade tudo é apenas passageiro
Certeza somente a morte imponderável
E o sentimento inconteste do vazio derradeiro

Qual a serventia do adeus no silencio choroso?
Impetuoso o peito pesado se entrega
Nenhuma certeza sobrevive a tal impacto
Restando neste ato o silencio, como conforto finito.

(Chico Córdula)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Grito de alerta

Gritando em desespero um alerta
Na Tentativa de avisar toda a gente
Indecente é não ter condições corretas
Ou noções ainda que mais abrangentes

A Pátria tão usada e sofrida
Tem no gemido de dor de seu povo
A ansiedade de justiça, de redenção falida.
Ainda que a opinião não conte nem um pouco

O povo a margem do conhecimento
Jogado ao mar da ignorância herdada
Enquanto os criminosos engravatados, “sábios”.
Vão matando cada minuto de esperança rara.

Na ciranda covarde do poder eterno
A alma para o diabo como pagamento digno
O resto quem sabe Deus para impedi-los
Em sua sanha inesgotável aos cofres alheios

Quanta lagrima ainda derramará o povo?
E quanto tempo ainda durará esta mesmice?
Somente as novas gerações responderão, quiçá!
E quem sabe até lá a Nação já tenha despertado
Ou tudo será tratado apenas como mais uma tolice? 

(Chico Córdula)