Na beira mar vi o barco passando
E pensando como a vida passou
Como aquele barco no mar
A navegar pelos anos vividos
E a recordar as tempestades
De um mar revolto
Ou a calmaria de uma manhã ensolarada
No alto mar da vida,
Na vida em alto mar
Onde sopra uma brisa incontida
Confundida com a do mar ou a da vida
Traz novo sentido e nova vontade de amar
Ah, o mar quanta alegria a vida nos trás
E fechando os olhos a maresia inebriando o olfato
De uma vida se renovando com o doce balançar do barco
Navegando tanto neste mar,
Quanto nesta vida, sempre clandestino.
(Francisco Córdula)