sábado, 23 de abril de 2011

Encontro com a demência

Trancafiado no porão de sua mente insana
Tortura infinita e mal querer constante
Semblante de ódio e indiferença carente
Feição doentia tendo a morte no semblante

Mascara ácida encobrindo fatos mal resolvidos
Envolvidos em mistérios próprios do suspense
Tensão e medo como amigos e companheiros
Num clima de enredo sorumbático e tétrico

Cores e odores indigestos em cena
Escuridão como cenário desvalido soturno
O mofo única forma de ar (in) respirável
E o tilintar do vento na janela como som único

Intensa batalha de alucinações e fantasmas
Ectoplasmas de uma mente em mutilação
Anomalias e distorções como formas destacadas
E sustos na madrugada com pesadelos e tensão

Êxtase em delírios sofridos de breves momentos sãos   
Remoções de razões verossímeis em andamento
Tácita ausência de razão como principal função
Culminando com a demência nova forma de vivencia.

(Francisco Córdula)

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