terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os dois lados da vida

Que elevem a mentira ao quadrado!
E deixem a vida se tornar um teatro.
Teatro mascarado e mentiroso em cada ato
Utilizando maquiagem exagerada e sem graça
Para uma platéia, com expectativa de gargalhada
Sem definição de comédia ou tragédia, tragicomédia.

Provável que nem autor saiba
E vai escrevendo de improviso
Um roteiro patético e cínico
Levando ao ódio e ao riso
Mas sempre com falsidade, sem medo.
Ou receio de atropelar alguns atos
Nem receber nenhum ultimato

Que o faça parar, em seu triste espetáculo.

O que o encheria de orgulho?
As palmas ou vaias?
Isto ninguém sabe.
Imbuído apenas em seu mergulho no delírio
Onde a mentira se torna fato aceitável
E ainda que após, baixada a cortina
Sem estrelato, ou brilho em cada ato
A realidade se mistura a fantasia do teatro
Fazendo de fato, um grande espetáculo
Sem discriminação do racional ou do real
Tudo surrealista, entre sonho e abismo.

Mas num repente cai o pano
Mostrando a nua e crua realidade
Sem volta para lugar algum
Apenas um caminho a ser seguido
Sempre em frente, sem fraquejo,
sem remorso, apenas seguindo
Entre a loucura e a morte.

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