quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Salvo pelo despertador

Forças estranhas me envolvem em brumas (nevoa rubra)
Sussurros desconexos e gritos histéricos eu escuto (reputo)
Fuzilo o olhar para onde uma imagem disforme surge (e ressurge)  
E conforme some outras imagens se formam em segundos. 

Sinto minhas pernas congeladas, paralisadas
Tento correr para qualquer destino, mas é inútil
Mantenho-me no mesmo lugar em desespero
E imóvel e indefeso vejo se aproximar um espírito sujo.

Grito mas o som de minha voz não escuto, sinto-me surdo
Relanço o olhar aflito na imagem sem nexo (perplexo)
Amplitude de medo em razão do escuro (breu impuro)
Abutres sobrevoam o céu em trevas. (nada me resta)

O desatino como ultimo companheiro (e medo)
Estou vencido neste cenário de morte (sem nexo)
E por sorte como recurso derradeiro (não lúcido)
O despertador me liberta deste pesadelo. (fala sério!)

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