Nas trevas mergulhada rumo ao inferno
Inglório momento de uma inocente alma
Todos os prazeres foram-lhe retirados, sabotados
Arrancados que foram para seu desatino
Restando somente aflições destemperadas
Com desassossego e desconforto de uma alma sem apelo
Pobre alma em desalinho sendo sugada, maltratada
Destratada como quem deixou divida impagável
Desespero e desalento como sentimento intragável
E a saudade do que foi perdido ainda na memória
Neste inglório sofrimento desta alma em penitencia
Nada resta à pobre alma guindada a medonho destino
Tão apodrecida quanto à carne que lhe dava forma
Decadência anunciada e pronunciada em sentença
Para ser cumprida em morte eterna, inapelável
Transfigurada por torturas e humilhações sem descanso
Nos subterrâneos deste inferno, infecto
Todos os demônios em serviço neste caos continuado
Atormentando, fustigando por todo o tempo
Esta alma perturbada num flagelo infinito,
Sem apelo ou direito a habeas corpus
Ou seria bem dizer, “habeas almas”?
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