Denise, bela jovem, jeito de felina
Apesar de menina, mulher feminina
Descobriu em seu caminho uma caixa
Curiosa sem delongas a abriu
Nela surgindo o roteiro de sua vida
Num ilusionismo mágico
Foram transformadas as formas de menina em mulher
Vendo-se sedutora e dominadora
Dona de uma beleza arrebatadora
Capaz de fazer-se apaixonar com o olhar
E seu olhar se transformou em sua arma de sedução
Denise levou aquela caixa consigo
Para acompanhar seu destino
Descobrindo outro brinde da caixa
A eternidade que lhe valeria
Enquanto com a caixa estivesse
Seguindo assim com sua beleza,
Descobriu-se, em sua jornada, também ambiciosa
Conquistando amores, fortunas e inimigos
Os amores, os inimigos passavam, se iam nos anos
Muitos deles destruídos e vencidos por Denise
Que continuava jovem bela e imortal
Com o tempo, muito tempo por sinal
Denise começou a cansar-se de sua vida
Desejando pela primeira vez ser como os mortais
Mas para isto tinha que se livrar daquela caixa
Decisão ambígua que a fazia sofrer
Mas finalmente um belo dia
Denise resolveu da caixa se livrar
Jogando aquela caixa ao mar
Com a caixa foi-se a beleza, a juventude
A riqueza, a nobreza e a ambição de Denise
Que conseguiu voltar a sorrir apesar de tudo
Sentindo-se feliz, e liberta, pode assim fechar os olhos
E finalmente descansar de sua saga.
(Francisco Córdula)
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