terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Noutros carnavais

Talvez seja coisa de saudosista 
De gente que sente nostalgia
de “sentir” saudade
Mas a verdade é que da uma alegria
Relembrar de carnavais passados
E perceber como os tempos mudaram.

Que o lirismo do samba esvaiu-se
A escola de samba S/A vingou
Muito pouco faz lembrar o que foi a                                        
Escola de Samba um dia.
Das cabrochas, passistas e malandros
Sambistas idealistas do samba puro.

Puro sangue de sambista na Cubango
Pureza de samba de enredo
De um só autor, coisa de bamba
Verdadeira e autentica
Tendo em Silas de Oliveira a excelência
Que com o tempo o mercantilismo detonou.

Como diria o grande “Candeia”
Ao fundar a escola de Samba Quilombo
Forma que encontrou para protestar
Contra as influencias externas no samba:
“- Escola de Samba é do povo na sua manifestação
Mais autentica!”
Felizmente o mestre não viu o que sucedeu
A escola de samba cada vez menos qualidade
E mais exposição, sobretudo de quem nada
Tem haver com o samba, corja de aproveitadores.

Infelizmente, embora a beleza do “sambódromo”
E da proporção de um dos maiores espetáculos
Da terra que o desfile ganhou
A verdade é que quem perdeu foi o samba
E os sambistas da raiz, fina flor
Que ficaram meio que perdidos
Em meio a este emaranhado
De vulgaridade e exibicionismo
Que infelizmente a Escola de Samba se tornou.

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