sexta-feira, 24 de junho de 2011

Admirável mundo novo


(*Homenagem a Aldous Huxley)

Entre os Alfas, Betas e Epsílones (com Y)
As castas sociais se dividem
Sobrevivem neste admirável mundo novo
Em que os alfas mandam, insensíveis

Os Betas intermediários aceitos
Manejam os trejeitos para alcançarem a gloria
Enquanto os epsílones imperfeitos
São jogados para o esgoto da história

Os Alfas em sua arrogância preponderância naturais
E suas boçais questões sempre aceitas
São para esta sociedade os maiorais
E como tais ditam as regras nem sempre perfeitas

Os Betas com seu discurso altaneiro
Tentam o tempo inteiro mostrarem-se altivos
Acima dos epsílones derradeiros
Mas sempre abaixo dos Alfas, é seu eterno destino

Os epsílones a escoria sem gloria
Abaixo de todos e por todos humilhados
Sempre a sombra nesta sociedade “perfeita”
Onde são tachados para sempre de coitados!

Sociedade avançada nesta fábula, sem parceiros fixos
Onde ninguém é de ninguém em cada ato
Mas fato é que por esta falsa sensação de liberdade
Serão sempre os prisioneiros deste status.  

(Francisco Córdula)


Nenhum comentário:

Postar um comentário